segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Vergonha versus Culpa


Se você puder escolher entre sentir vergonha ou sentir culpa, o que escolheria?

Ainda não respondeu?

Então respondo eu. Sem qualquer dúvida, sem qualquer titubear, prefiro sentir culpa.

(Você pode estar se perguntando por que enfiei o conceito de culpa aí. Por serem duas instâncias psíquicas que podem aparecer em resposta a erros. Só isso.)

Quando digo que errei, digo que conheço o "certo" mas não quis, não pude ou não consegui fazer "certo". Posso procurar explicações para diminuir minha culpa, examinar as circunstâncias que me levaram ao erro, pecado, crime ou transgressão. Dizendo-me culpada, estou afirmando que seria capaz de acertar. Estou dizendo ainda que posso treinar-me errar menos. Enfim, coloco-me como alguém capaz.

Sentir culpa pressupõe o conhecimento das causas do erro. Parece-me até que é da letra da lei que desconhecer a regra atenua, mas não isenta de culpa.

Encaramos a culpa como resultante de uma falha na relação entre o culpado e regras do mundo. Culpa fala erro, não de incapacidade. Em relação a ela cabe julgamento, perdão ou mesmo absolvição. A culpa pode desaparecer sem deixar nódoa ou marca se tivermos pago por ela.

E a vergonha?

Esta tem a ver com incapacidade de algum tipo. É diretamente referida à auto-estima. Como é que você imagina que você mesmo deveria ser para ser digno de seu próprio amor e aprovação?

Você pode perfeitamente "morrer de vergonha" de certos atos, fatos, circunstâncias das quais ninguém jamais te culparia. Quando nos envergonhamos, o olhar do outro somado ao nosso desprezo por nós mesmos, torna viver o momento insuportável. Todos existem, todos estão ali, mas o envergonhado gostaria de desaparecer para que a falha que o envergonha não seja percebida. Tem a ver, a vergonha, com uma depreciação fatal, instantânea de nós mesmos. Quando alguém enrubesce, aquele que o vê enrubescido pode nem saber por quê, mas sente, o envergonhado, que está inadequado, que mostrou-se inapto, atrasado, estabanado, ou simplesmente errado. Escorregar e cair no meio da rua deixa qualquer um envergonhado. Para isto não há nem condenação, nem perdão. Portanto, não há absolvição.

Já houve tempo em que a área genital do corpo humano era chamada de "vergonhas". A pessoa pilhada nua, até hoje, cobre com as mãos seus genitais como último recurso para evitar a vergonha total. Muitas situações constrangedoras são regradas por leis e mandamentos cuja função é nos proteger de passar vergonha. Roubar nos torna culpados, ser pilhado roubando nos faz morrer de vergonha – além da culpa. Eu imagino que o reflexo de cobrir os genitais, quando pilhado em nudez, tenha a ver com o perigo do outro conhecer o nosso desejo sexual ou a ausência dele. Uma ereção diante de uma mulher-tabu (mãe, irmã, filha) é para ser escondida. De qualquer forma não nos convém sermos traídos por atos-reflexos. Estes traem desejos, inaptidões. Mostram o que não queremos, por mil motivos, mostrar. É proibido desnudar-se em muitos lugares. Mas em outros é permitido. "Pode se despir, sou médico", diz-se nos consultórios. Dissimulamos a pobreza ou a carência em certas circunstâncias, mas quando queremos um empréstimo ou uma ajuda apresentamos a carência.

Vergonha é paralisante, pode impedir nossa participação em certos eventos. Vergonha do próprio corpo pode nos impedir de freqüentar lugares esportivos. A vergonha é inesperada, desconcertante. O gago fica mais gago por vergonha de ter gaguejado. Quem enrubesce fica mais vermelho de vergonha de ter enrubescido. Quem sua nas mãos sua mais de medo que percebam o seu suor. Todos queremos funcionar bem. Disfunções que não são culpa de ninguém, mexem com a nossa auto-estima. Uma espinha na ponta do nariz é razão para não sair de casa. Não saber que talher usar num banquete constrange quem acha que devia saber. Muitos tem vergonha de pedir orientação no trânsito e ficam perdidos pelas ruas.

Narcisismo e vergonha caminham em paralelo. Quanto maior a vaidade maior o medo da vergonha.

A culpa desencadeia uma série de reações pessoais e sociais. Até uma conversa pode diminuir o efeito de certas culpas. Um julgamento pode absolver ou condenar. As leis, os estatutos, falam dos erros pelos quais nos culpam mesmo que não nos sintamos culpados, e falam também de castigos. Aceitam-se os veredictos. Já para a vergonha o mundo dá poucos remédios, que no final resume-se a umas poucas medidas: da vergonha só nos livramos aceitando-nos com nossos defeitos, o que significa aceitar-se sem esconder as próprias faltas, falhas ou carências. O remédio fica em torno de fortificar a auto-estima a ponto de nos permitir suportar o olhar do outro sem nos sentirmos na obrigação de dissimular o erro. A vergonha tem um parente além do narcisismo: é prima irmã da hipocrisia. No que tange às situações de culpa, a hipocrisia não basta. É preciso ocultar o delito. Para a vergonha ocultação não é suficiente.

Existem culpados que se envergonham até de ocultar o mal feito, e o exibem, mesmo que isto redunde em exclusão ou prisão. Será que isto tem a ver com o dito popular que o criminoso sempre volta ao local do crime? Seria para não confessar sua vergonha de si mesmo? Ou seria um desejo secreto de ser pilhado e assim sobrecarregar-se com a vergonha além da culpa?




Fonte: Anna Veronica Mautner

Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65642003000200011&script=sci_arttext

>Amor: embrulhando-o num pacote bonito.




“ Nossa filosofia de vida não é algo que criamos por nós mesmos do nada. Nossas maneiras de pensar, até nossas atitudes em relação a nós mesmos, são cada vez mais determinadas de fora. Até mesmo nosso amor tende a se encaixar em formas pré-fabricadas. Consciente ou inconscientemente, talhamos nossas noções de amor pelos modelos com que estamos em contato dia após dia…

O amor é considerado uma transação. A transação pressupõe que todos nós tenhamos necessidades que devem ser satisfeitas por meio de trocas. Para fazer uma transação, você tem de comparecer ao mercado com um produto de valor ou, se o produto não tem valor, você pode dar um jeito com uma embalagem bonita. Inconscientemente pensamos em nós mesmos como objetos à venda no mercado. Desejamos ser desejados. Queremos atrair clientes. Queremos ter a aparência do tipo de produto que dá dinheiro. (…) Ao fazermos isso, passamos a considerar a nós mesmos e aos outros não como pessoas, mas como produtos, ‘mercadorias’ ou, em outras palavras, embalagens. Avaliamos uns aos outros comercialmente. Mediamos uns aos outros e fazemos transações visando ao nosso próprio lucro. Não nos entregamos no amor; fazemos uma transação que valorizará nosso produto e, portanto, não há transação definitiva. Já estamos com os olhos na próxima transação – e essa próxima transação não precisa ser necessariamente com o mesmo cliente. A vida é mais interessante quando você faz muitas transações com muitos clientes novos (...).

O problema dessa idéia comercializada de amor é que ela desvia cada vez mais a atenção do essencial para os acessórios do amor. Você não é mais capaz de amar realmente a outra pessoa, porque se torna obcecado pela eficácia de sua própria embalagem, por seu próprio produto, por seu próprio valor de mercado.''

(Thomas Merton)

terça-feira, 14 de julho de 2009

1o Salto: Sacrifício



Dizem que ''não há sucesso sem sacrifício'', creio que se isso é verdade, isso passa necessariamente pela renúncia, primeiramente, de nossas próprias convicções e da própria necessidade de auto-afirmação. Pode parecer loucura, mas descobri que a maioria das pessoas realmente não vivem, isso porque se incomodam sempre com as coisas exteriores ou estão convencidas que determinam tudo em suas próprias vidas... Se elas parassem, pelo menos, um instante para negarem que são auto suficientes (ou donas da verdade) e enxergarem o que estão ao seu redor para ser feito e que dependem delas, perceberiam que o propósito da vida não é apenas satisfazer seu próprio ego, mas sim viverem para completarem umas às outras. Percebi que todos somos incompletos e que fomos criados assim para que enxergássemos o quanto necessitamos uns dos outros. Então, o que de fato é sucesso? É a realização que parte de sacrifício pessoal para alcançarmos um crescimento próprio e egocêntrico? não! É decidirmos viver não apenas para nós mesmos, É simplesmente Amar!
e o que amar, senão uma decisão? ( eu é que decido em amar ou não os outros, tal como a partir de minhas atitudes valorizar suas vidas, engrandecendo-os com louvor e gratidão ou elevá-loas a uma categoria de simples ''acaso'' na minha vida.) Portanto, mesmo sem compreender o sentido da minha própria vida, Vivo!
e mesmo sem a graça de uma verdade redondinha, de uma vida completa. Acredito!
Se para minha vida dar certo é preciso negar-me a mim mesmo, então me Proponho!
Sei que isso parece totalmente louco, irreal e alheio a tudo que de fato sentimos ou percebemos durante toda vida, por isso fica fácil entendermos o que Cristo quis dizer um dia com: '' É necessário nascer de novo'', realmente só com uma mente desprovida de preconceitos e intelecções (opniões próprias, entendimento) poderia compreender isso, então a palavra sinônima para renascer seria ter Fé! , isto é, Decidir Acreditar! (e destaco isso, para que entendas que a fé é, de fato, produto de uma decisão) e poderia existir algo mais sacricante que isso?

domingo, 12 de julho de 2009

Como é difícil contar com tradutor na internet

O texto abaixo eu encontrei no orkut:

ايک کافر نے ايک بزرگ سے کہا اگر تم ميرے تين سوالوں کا جواب دے دوں تو ميں مسلمان ہوجاؤں گا۔

جب ہر کام اللہ کي مرضي سے ہوتا ہے تو تم لوگ انسان کو ذمہ دار کيوں ٹہراتے ہوں؟

جب شيطان آگ کا بنا ہوا ہو تو اس پر آگ کيسے اثر کرے گي؟

جب تمہيں اللہ تعالي نظر نہيں آتا تو اسے کيوں مانتےہو؟

بزرگ نے اس کے جواب ميں پاس پڑا ہو مٹی کا ڈھيلا اٹھا کر اس کو مارا، اس کو بہت غصہ آيا اور اس نے قاضي کي عدالت ميں بزرگ کے خلاف مقدمہ دائر کرديا۔ قاضي نے بزرگ کو بلايا اور ان سے پوچھا کہ تم نے کافر کے سوالوں کے جواب ميں اسے مٹي کا ڈھيلا کيوں مارا؟

بزرگ نے کہا يہ اس کے تينوں سوالوں کا جواب ہے۔

قاضي نے کہا۔۔۔۔۔۔۔۔
وہ کيسے ۔۔۔۔۔۔؟

بزرگ نے کہا اسکے پہلے سوال کا جواب يہ ہے کہ ميں نے يہ ڈھيلا اللہ کي مرضي سے اسے مارا ہے تو پھر يہ اس کا ذمہ دار مجھے کيوں ٹہراتا ہے؟

اس کے دوسرے سوال کا جواب يہ کہ انسان تو مٹی کا بنا ہے پھر اس پر مٹي کے ڈھيلے نے کس طرح اثر کيا؟

اس کے تيسرے سوال کا جواب يہ ہےکہ اسے درد نظر نہیں آتا تو اسے محسوس کيوں ہوتا ہے۔

اپنے سوالوں کے جواب سن کر کافر فورا مسلمان ہوگيا۔

دوستوں۔۔۔۔۔ جو لوگ اللہ تعالیٰ کے لیے اپنی زندگی وقف کرديتے ہيں اللہ رب العزت ان کی تربيت کرتے ہيں اور کس موقع پر کيا بات کرنی ہے اللہ تعالي انہیں سمجھا ديتا ہے۔

Na tradução do google ficou assim:


ايک کافر نے ايک Bozorg سے کہا اگر sido ميرے Tin سوالوں کا Resposta دے دوں Tu ميں muçulmanos ہوجاؤں گا.

Jeb ہر کام اللہ کي pacientes سے ہوتا ہے Tu foi لوگ humanos کو ذمہ Casa کيوں ٹہراتے ہوں?

Jeb diabo آگ کا Us ہوا ہو Tu S. پر آگ کيسے após کرے گي?

Jeb تمہيں اللہ Vamos considerar نہيں Ata Tu اسے کيوں مانتےہو?

Bozorg نے S. کے Resposta ميں پاس پڑا ہو مٹی کا ڈھيلا اٹھا کر S. کو Mara, S. کو بہت غصہ Aya S. Orr نے juiz کي ghodrat ميں Bozorg کے outra مقدمہ giratória کرديا. نے juiz Bozorg کو Playa Orr سے پوچھا کہ sido نے کافر کے سوالوں کے Resposta ميں اسے مٹي کا ڈھيلا کيوں Mara?

Bozorg نے کہا يہ S. کے تينوں سوالوں کا Resposta ہے.

Juiz نے کہا ........
وہ کيسے ......?

Bozorg نے کہا اسکے پہلے SOAL کا Resposta يہ ہے کہ ميں نے يہ ڈھيلا اللہ کي pacientes سے اسے Mara ہے Tu پھر يہ S. کا ذمہ Casa مجھے کيوں ٹہراتا ہے?

S کے دوسرے SOAL کا Resposta يہ کہ homem Tu مٹی کا Us ہے پھر S. پر مٹي کے ڈھيلے نے کس colocar um کيا?

S کے تيسرے SOAL کا Resposta يہ ہےکہ اسے درد considerado نہیں Ata Tu اسے significativa کيوں ہوتا ہے.

Resposta اپنے سوالوں کے idade کر کافر imediatamente ہوگيا muçulmanos.

دوستوں ..... Joe لوگ اللہ تعالی کے لیے اپنی زندگی parar کرديتے ہيں اللہ empregador Aezzt que کی trazidos کرتے ہيں Orr کس site پر کيا é کرنی ہے اللہ Venha انہیں سمجھا Dita ہے.
alguém ousaria dar significado a isso...?

sábado, 13 de junho de 2009

Desabafo...




Por um momento apenas
...Quero um pedacinho de tempo para poder descansar esse peso do mundo que estou sentindo em meus ombros ...Um tempo onde não me perguntem nada, nem me peçam nada, apenas me permitam o direito de dar vazão ao pranto que venho engolindo com o café-da-manhã ,enquanto visto a máscara de "olhem como sou valente e forte" ....
Quero ser a criança que pode chorar livremente até que me ponham no colo, restabelecendo assim, o equilíbrio que necessito para dormir em paz.
Quero me aventurar na busca dos sonhos, sem ter que vê-los pintados com as cores do desânimo, ou coloridos com as cores do impossível... e quero poder brincar com meus sonhos como se fossem massinha de modelar ilusões .... lambuzar neles meus dedos, até decidir quando precisam se desfazer ...
Quero ter companheirismo também nas horas em que tudo parece ter se perdido, e encontrar apenas um ombro onde possa repousar meu cansaço, um ombro que seja silêncio e carinho.
Quero deixar que me invada toda a dor do mundo neste instante, porque ela é minha, real e única, e que como tal seja aceita e compreendida ... mesmo que eu ainda não saiba lidar com ela ...
E quero poder dizer :
- Está doendo sim !
Sem assustar ninguém, causando uma revolução tão grande que meu mundo pareça ainda mais desabitado . Seria possível?
Daqui a pouco tudo vai parecer diferente e novo, eu sei. Vou secar os olhos e vou à luta outra vez
e da dor hei de ressurgir mais forte ... Porque sou noventa e nove por cento matéria que dificilmente se desintegra .
Então, por favor , por um momento apenas, neste meu pequeno momento humano, neste hum "por cento" de fragilidade, quero ser igual a todo mundo e chorar ...
(Anônimo)



Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 12 de junho de 2009

SALTO NO ESCURO



Eu sei
A liberdade de abrir caminho

Florestas pedras cercas dunas
Sem guia
Sem escolta
Sou minhas escolhas
Livres
Sem nexo
Sem medo
Sem juízo

Sou livre
Para enfrentar meus monstros
E assumir a verdade
Só eu
Sei o que sinto
O que deve ser feito

Eu sei
O quanto é necessário
O salto no escuro
O grito na noite
O beijo da morte.

Embriago-me
Na liberdade de não saber
A cada passo
A noite
Borboletas azuis
Desertos inesperados
O agora
Beija- flor destemido que atravessou a tela
E beijou a rosa vermelha tão aberta
Que quase podei hoje
A tempo
De virar poesia.

Sei
Minha vida
Um livro que nunca será terminado
Não sei
A vida

Aceito as palavras
Que brotam
Sou
nuvem
rio
queda
mar
Porque existes.

Post ''Salto no escuro''
de Valéria Geremia · Fortaleza (CE) · 15/7/2008 07:44

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dica de filmes

Uma lista de cinco filmes que chamam atenção e nos traz um enredo perturbador; em alguns casos por serem filmes complexos e em outros por serem extremamente simples, mas com uma mensagem demasiadamente encantadora.


1º-Um sonho de liberdade (''O melhor de todos!''):
Cada cena soa como um ensinamento aos nossos próprios medos e desafios. Usando um exemplo de um inocente que vai parar na prisão, Andy , um executivo de sucesso, que acaba tentando usar seus serviços para criar amizade com o administrador da prisão, e acaba por não conseguir a liberdade, passando quase 20 anos, planejando em silêncio, a fuga. Apesar de não ser o personagem principal do filme, aquele que eu mais me identifiquei foi o de Morgan Freeman, um homem que viveu 40 anos preso e, já apegado à prisão, pensou em acovardar e desistir de viver, mas estava preso apenas a uma promessa que havia feito a Andy, antes deste fugir da cadeia. E após liberto, ele busca cumprir sua promessa, como se sua própria vida tivesse somente aquele propósito e, na verdade, foi ali que ele encontrou um novo sentido, o rumo que deveria tomar na vida.




RESUMINDO: LINDO, SENSÍVEL, FANTÁSTICO...,
Um filme que vale a pena assistir muitas vezes.

2º- Além da linha vermelha (*Puxa! nunca vi um filme sair da simplicidade de um fato pra mergulhar no heterônimo de forma profunda e comovente... Esse filme é obrigatório para aqueles amantes de filmes de Guerra e também para os amantes de filmes de Drama que tratam de temas humanos, no caso ele tenta responder, com profundidade, a pergunta que não sai da boca daqueles que defendem a Paz acima de tudo: Por que a Guerra?).





3º- Falando com os mortos (Imagine um misto de Seven e Sexto Sentido, não preciso nem acrescentar muito para reforçar que se trata de um suspense policial perturbador e extremamente inteligente!).




4º- O Clube da Luta (Nem precisa argumentar ... Incrível e desafiador ao mesmo tempo).



5º- Garotas Selvagens
(Um filme curioso cheio de reviravoltas, você, sem dúvida, vai se surpreender quando, de uma hora para outra, a mocinha vira a vilã e o que parecia uma injustiça que dependia da força do Juri para julgar, desvenda-se como uma grande armação. Nesse filme você verá que realmente não se deve confiar em ninguém! Recomendo também ''Garotas selvagens 2'' que segue a mesma linha, e consegue superar o primeiro em suspense e trapaças, tudo pelo dinheiro).







Nada além de sangue, balas e enredos confusos...
Indico outros filmes, também surpreendentes, como Colecionador de ossos, À espera de um milagre, O Cubo, Contato, A vida de David Gale, O Pianista, O Aprendiz, A lista de Schindler, Uma mente brilhante, Seven, Os Miseráveis, À procura da felicidade ... Realmente curto filmes que tenham um roteiro consistente e coerente e não suporto produções forçadas. Alguns filmes como Jogos mortais e Matrix que, conquistaram o público com enredos originais, mas infelizmente nada mais conseguiram além de propositalmente utilizar cenas pouco substanciais para impressionar, sem conteúdo e impregnado de sequências contraditórias, dando para os menos atentos uma aspecto curioso, porém pouco contatenador. Cuidado na hora de ver filmes que trata da morte de forma fútil (como banalidade) , acabando por desvalorizar o valor da vida. É um poço cheio de conteúdo inútil que acaba trazendo uma série de princípios tortuosos, fique atento!





Fica aí, portanto, minha dica;
espero ter ajudado!

Uma mensagem de amigo

(Olhando em alguns arquivos antigos do meu pc, encontrei este rascunho de uma mensagem que enviei para uma pesssoa especial anos atrás, quando a reli vi que continha palavras simples e sinceras, fruto de um sentimento de muita gratidão pelo que esta pessoa havia representado na minha vida, então resolvi postar aqui no blog para deixar registrado estes versos que retratam uma amizade, que se pode ser entendida como universal.)


AMIZADE

Mais que uma mão estendida
mais que um belo sorriso
mais do que a alegria de dividir
mais do que sonhar os mesmos sonhos
ou doer as mesmas dores
muito mais do que o silêncio que fala
ou da voz que cala, para ouvir
é a amizade, o alimento
que nos sacia a alma
e nos é ofertado por alguém
que crê em nós.



''Saudades! TE CUIDA
E Nunca se esqueça, quando vc se ver em um momento triste e solitário, de que existem amigos que, embora distantes e, sem manter qualquer contato, torcem por ti a cada dia e verdadeiramente tem saudades daqueles lindos momento em que rimos juntos, passeamos, estudamos até, foi tão preciosos que nunca me furtarei de esquece-los, Jamais!
Adoro citar esses versinhos de Mário Quintana:

''... Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio...
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo
caminho, a casca dourada e inútil das horas...''
Sinto saudades e um pouco de temor,
ao olhar para trás, penso em tudo que vc já me disse, dos seus conselhos, ( como eu amadureci, sabia?)
Ah! Como vc foi importante para minha vida...

Espero que nunca deixemos de manter contato... Porque vc é insubstituível e eu fico muito feliz por saber que vc tá bem e tem um futuro incrível pela frente, vai fundo! e Não desiste jamais!
Tenha fé sempre!
Saiba que Deus está sempre ao nosso lado, torcendo por nós, cuidando para que sejamos felizes no caminho que trilhamos.
Sempre que precisar de um amigo pra qualquer circunstância, saiba que sempre vais poder contar comigo. O amor nunca acaba e a amizade é o que nos garante o fôlego e a coragem pra viver a vida.
Tudo de bom pra você! Beijoss''
**

terça-feira, 9 de junho de 2009

Sintonia Diária da Cabala, por Yehuda Berg

POR QUE VOCÊ NÃO FOI "VOCÊ"?


Rav Zusha (Cabalista do Século XVIII) estava em seu leito de morte rodeado por seus estudantes. Seus estudantes estavam surpreendidos de vê-lo chorar, e lhe perguntaram: "Por que chora? Você foi sábio como Moisés e tão amado como Abraão."

Ele respondeu: "Quando eu deixar este mundo e estiver de frente a Corte Celestial, não vão me perguntar: 'Zusha, por que você não foi como Moisés ou tão bom como Abraão?' Vão me perguntar: 'Zusha, por que você não foi Zusha?'"

Cada um de nós tem um destino a cumprir, um que contém o descobrir os poderes únicos e compartilharmos com o mundo. Você já descobriu os seus?

Hoje, faça uma simples pergunta: Onde eu posso estar fazendo mais?


Comentário:

Lendo essa Sintonia me passa um filme pela mente. A maioria dos fracassos e desapontamentos que tive que passar poderiam ter sido evitados se eu tivesse feito essa pergunta em todos os momentos: onde eu posso fazer mais? Mas a pergunta que eu fazia era: Onde eu posso obter mais? Onde eu posso receber mais? Traduzindo: Onde eu posso beneficiar meu ego mais? E daí tomei o que tomei: CAOS...CAAAAOOOOOSSSS,CAOSSSSS! (uma sátira do funk "créu")

Quando o nosso foco deixa de ser o QUERER e o OBTER, e passa a ser o OFERTAR e COMPARTILHAR, milagres acontecem! Por quê? Porque o Mundo Espiritual – fonte de toda energia física e espiritual, funciona de acordo com o sistema: É DANDO QUE SE RECEBE - É COMPARTILHANDO QUE GANHAMOS.

Se a gente tenta ignorar esse sistema, essa lei espiritual, a gente toma caos para nos acordar de que estamos agindo contrário ao sistema. E o interessante é que o nosso ego é tão bom com o seu ilusionismo que nem percebemos que o nosso caos é o efeito de nossas ações. Aí culpamos o marido, os filhos, os vizinhos, a tia Zureta, a sogra Jurema, o governador, o cachorro da rua de trás, o clima, a cidade, o nosso chefe, o porteiro, etc! Todo mundo leva a culpa nê, menos o verdadeiro culpado – nós mesmos. Mas atenção: a culpa, se sentir culpado também é ego, então nada de ficar se culpando, mais sim arrependido, e daí tomar a decisão de não mais repetir o erro.

Feliz vida feliz...
sendo o que estamos destinados a ser: IMAGEM E SEMELHANÇA DO CRIADOR!


Para começar a entender um pouco mais de Kabbalah leiam o livro "O poder da Cabala", autor Yehuda Berg e para receber ainda mais adquira o Zohar (preste atenção, o Zohar deve ser em Aramaico). O Zohar é vendido no Centro de Estudos da Cabala do RJ. Telefone: 0800 723 7242
(Post de Shimon Ferreira, encontrado no blog:http://cabala-grupodeestudos.blogspot.com/2008/05/sintonia-diria-da-cabala-por-yehuda_07.html)

Fenda no tempo



Título Original: The Langoliers
Gênero: Suspense
Direção: Tom Holland
baseado em conto de Stephen King
Sinopse
Em um vôo rotineiro de Los Angeles para Boston algo extraordinário acontece, pois dez passageiros, que dormiam, ao acordarem constatam que são as únicas pessoas no avião. Brian Engle (David Morse), um dos passageiros, é um piloto que está acostumado em lidar com jatos, assim tenta levar a aeronave para algum lugar. Como não consegue se comunicar pelo rádio resolve ir para Bangor, Maine, onde o tráfego aéreo é menos intenso. Isto provoca a ira de Craig Toomy (Bronson Pinchot), um homem de negócios psicótico que tem uma importante reunião em Boston. Em Bangor o grupo vê um aeroporto vazio e nenhum sinal de vida, nem mesmo um eco, mas o pior ainda está por vir.


A história é mais uma obra genial de Stephen King que não foi levada completamente à sério. Além da capacidade de King em criar um suspense psíquico incrível, cheio de teorias incríveis sobre presente, passado e futuro, apesar de o filme aparecer numa tentativa de "best-seller", com cenas conideradas mal feitas por muitos ( pra mim, diria que um pouco exageradas, mas elas são, na verdade, parte necessária da ficção e não abro mão delas) e ações um pouco difíceis de compreender, o filme se mostra muito sensível em alguns momentos e a sua simplicidade tanto na qualidade quanto no deseenvolvimento dos próprios personagens é o que mais surpreende, não negativamente, pelo menos para mim, mas como uma grande história provida de grandes significados. Indico o filme para quem gosta de filmes perterbadores, que te faz pensar em questões existenciais e humanas ao mesmo tempo, de fato um grande filme!


quinta-feira, 4 de junho de 2009

O que Deus pensa sobre mim

A Carta de amor de Deus-Pai
"...Meu filho, tu podes não me conhecer, porém eu sei tudo sobre ti (Salmos 139:1). Eu sei quando tu te deitas e quando te levantas (Salmos 139:2). Eu conheço todos os teus caminhos (Salmos 139:3), até os cabelos da tua cabeça estão contados (Mateus 10:29-31). Tu fostes feito à minha imagem (Génesis 1:27), em mim tu vives e moves-te, e tens existido (Atos 17:28) por seres tu minha descendência (Atos 17:28). Eu já te conhecia bem antes da tua concepção (Jeremias 1:4-5) e te escolhi ainda quando planeava a criação (Efésios 1:11-12). Tu não és um erro, pois todos os teus dias foram escritos no meu livro (Salmos 139:15-16), eu determinei a hora exacta do teu nascimento e quando deverias viver (Atos 17:26), foste feito de forma admirável e maravilhosa (Salmos 139:4), formei-te no ventre da tua mãe (Salmos 139:13), tirei-te do ventre dela no dia em que nasceste (Salmos 71:6). Eu tenho sido mal interpretado por aqueles que não me conhecem (João 8:41-44). Eu não me encontro distante nem estou furioso, porém sou a completa expressão de amor (João 4:16) e é meu desejo gastar o meu amor contigo, simplesmente porque és meu filho, e eu teu Pai (1 João 3:1). Eu te ofereço mais que o teu pai terrestre jamais poderia oferecer (Mateus 7:11), pois sou Eu, o Pai Perfeito (Mateus 5:48) e cada bom presente que recebes vem da minha mão (Tiago 1:17), pois sou aquele que provê e encontra todas as tuas necessidades (Mateus 6:31-33). O meu plano para o teu futuro foi, desde sempre, preenchido com esperança (Jeremias 29:11), pois Eu amo-te com todo eterno amor (Jeremias 31:3) e os meus pensamentos para contigo são incontáveis, como a areia da praia (Salmos 139:17-18) e Eu me regozijo contigo em canções (Sofonias 3:17) e nunca irei parar de te fazer bem (Jeremias 32:40), pois és propriedade do meu tesouro (Êxodo 19:5).


“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jeremias 29.11.

O poema no tempo

(Antonio Miranda Fernandes)


Emerge da noite e do silêncio o poema,
Habitante da essência dos meus sentimentos.

O poema que me levará no tempo
E passarei entre as mãos
E diante dos olhos livres e límpidos de quem lê.

Sua passagem se confundirá
Com os assovios do vento
Com o rumor dos oceanos.
Ele encontrará uma praia de areias claras
Aonde possa se estender ao sol.

O poema morará inteiro no espaço mais aberto
De ar claro nas tardes lisas e eternas.

Quando eu já não existir mais,
O poema de asas brancas no vôo que lhe coube
Irá pousar em alguém que se fundirá a ele,
Entre paredes densas,
Quando na profunda e devoradora solidão.

Então ele emergirá, mais uma vez,
Da noite, do silêncio, como um cais seguro,
Ou quem sabe
Uma mão aberta e na palma uma esperança.

O último suspiro

(Israel Herison)

Já parou para pensar como será seu último momento?

O que estará passando na sua cabeça?

Como seria você ou eu, no limite das forças, dar o último suspiro.

[Será que teria a ousadia de aceitar esse momento como uma dádiva ou viveria meus últimos segundos numa anarquia apodíctica?]

Que horas serão?

Como estará o clima neste lugar que nem, ao menos, saberia localizar

Estará quente abafadiço ou gélido nebular?

Será que estarei desesperado, ou já satisfeito com meu destino?

Estarei distraído ou consciente?

Vacilante ou incrivelmente atento?

Quieto ou berrando de dor?

Acredito que estarei me sentindo culpado, ou tendo dó de mim mesmo...

Mas... E no meu interior, só se encontrará uma voz murmurante ou, será possível, uma voz suave de quem sabe para onde vai!

Será que a dor é suportável ao ponto de, no meu último arrulho, sussurrar um verso de amor?

Não sei!

Nem ao menos sei se estarei sozinho ou terei alguns discípulos ao pé da cama a chorarem com esse momento?

Onde será que estarei, meu Deus?

Será que estarei abandonado numa rua fria, ouvindo os sons ao longe se confundirem com as batidas ensurdecedoras do meu coração aflito?

Ou será que o meu mundo, pouco a pouco, transforma-se mais em um silêncio ocioso, e este é meu único refúgio neste momento?

Será que a digna fé de um guerreiro épico, que morre em batalha, residirá no meu coração ou se verá apenas uma covardia irresoluta?

O que entenderia como verdade ou fantasia?

Acreditaria em apenas um terrível acaso ou teria coragem de encontrar um propósito para a própria treva que me rodeia neste meu último monólogo?

Teria indubitavelmente que lutar contra a minha própria consciência, que momento difícil para mim! (Falas que nem sei de onde vêm, nem como e quando me abandonarão)

‘’- Será que vivi bem os meu dias?’

Ou ‘será que como um tolo não enxerguei a beleza da vida, e apenas me reservei para resolver meus problemas e aturar meus próprios vícios?’’

‘’- Será que nada me restou a não ser a própria estupidez desse momento, tão inútil para a humanidade, será que vivi mesmo? ou fui apenas como uma máquina programada para seguir as leis newtonianas de ação e reação?’’

Não sei nem se seria bom encontrar estas respostas, tudo começa do medo e evolui, ligeiramente, à frustração...

Será que, de olhos fechados, ainda sim, consigo enxergar alguma imagem que vem de alguma profundeza da minha inconsciente lucidez? É o medo; é só isso o que sinto!

Alguém pode me segurar neste segundo?

Será que não é melhor eu largar todo este fardo que carreguei vida afora para viver, unicamente, neste momento uma paz insegura? E como será que irei encará-la?

Que me espera, então? O que virá depois?

Será que estou seguro agora?

Será que existe um paraíso?

Será que terei alguém por mim do outro lado?

Ou Será que tudo acabará por aqui...

Nem o amparo do ar fresco atmosférico posso mais contar.

Será que terei este segundo apenas para contemplar meu corpo debilitado?

Se eu pudesse voltar de novo à época que nasci e tornar a chegar à vida, o que eu mudaria? Será que não repetiria o mesmo comportamento? Talvez...

O que será que tem lá fora, bem distante dessa dimensão que sempre esteve refém do ditador soberano, o Tempo?

Ah! Se eu pudesse voltar séculos atrás na minha própria existência, não para alterar alguma coisa... não! Apenas para dar um salto no escuro e desafiar-me ao olhar tudo que me amedronta nos olhos de outra pessoa. Isso, tenho certeza que faria.

Tudo é tão escuro, é... mas parece que toda matéria que posso sentir, mesmo sem tocar, está cedendo a algo que é tão claro, branco, inefável... Um mistério, um paradoxo, mas que é tão maravilhoso.

Ah! Que delírio! Não quero que isto passe, até que, de modo inevitável, chegue o fim!